abril 29, 2008

Enquanto houver vida.

Inexoravelmente estou suprimida pelo sentimento paralisador do medo que percorre minhas veias.

A dúvida paira pela minha mente, e por conta de todas estas questões mal resolvidas sou quase um quadro fixado na parede: sem movimento e vontade própria.

Minha vontade parece suja, bem como todo o ar que respiro para viver.

O passado retorna, pois estou a puxar a corda que me liga ao meu desejo, e finalmente, ao meu encontro, obtenho o objeto de minha devoção.

Fui quebrada em insólitos pedaços e hoje consegui fixar-me com epóxi.

Faltava um único caco que deixei quebrar-se em mil pedaços: você.

Felizmente, o salto que mantinha meu orgulho chamado insanidade feminina, não foi capaz de transformar em pó o que ousariam chamar de amor.

Para mim, em suma, bem mais do que 4 letras e um substantivo abstrato.

abril 21, 2008

Minha revolução interna.

Estava cega pelos espasmos da submissão de um amor bom. Não, ele não me deixou, tampouco me trouxe o mau, porém achei conveniente deixar que minhas asas voassem para o sul, e voltassem quando fosse conveniente.
Já consigo ter todas as certezas que a cumplicidade pode trazer, e desta forma gozamos da liberdade que o nosso amor nos proporciona.

abril 06, 2008

Hopês Hariense

Os anos passam mais rápido depois dos 15, e sabe, já faz um tempo que não sei mais o que significam algumas questões que norteavam minha vida naquela época.

Há 4 anos atrás um passeio para o Hopi Hari seria motivo de insônia durante a semana que precedia o acontecimento. Tudo era uma festa: o ônibus, o caminho, as filas (sim, as filas!) e todo o resto.

Apesar de não aproveitar sequer 60% de todo o parque, me divertia bastante com os brinquedos ‘água com açúcar’, sabia todo o dialeto ‘hopês’ e sonhava em morar lá para sempre.

No último domingo resolvi relembrar a infância e acompanhar uma das minhas melhores amigas, indo ao tal ‘país mais divertido do muuuuundooo!’.

Fomos em 4, economizamos todas as entradas - pois ganhamos todas na promoção do boticário – e, logo às 7 da manhã o ônibus que nos levaria até lá estava lotado e tivemos que esperar um outro chegar.

Quando você chega numa certa idade, você acaba tendo que aprender a conviver com as dores de cabeça em pleno domingo, e foi o que fiz. Tentei me consolar com o fato de que iria pular de Skycoaster, descer na Torre Eiffel e andar na Montezum. Acho que eu deveria ter parado de sonhar na parte em que eu acreditei que não iria ter quase ninguém quando o dia amanheceu chuvoso em São Paulo.

Sei lá viu! Parece que o Hopi Hari tomou chá de ‘far far away’ e demorou pra caramba para chegar. Todos os assuntos já haviam se esgotado e tínhamos ouvido até pagode!

Eram 11 da manhã e eu já estava ‘pedindo pra sair’. Era desanimador a visão do Hopi Hari recém aberto, com todas as filas beirando aonde o Judas esqueceu seu suspensório.

Foi triste perceber que eu comia no Bob´s pra não ficar na fila do Mc Donalds e que naquele instante eu estava PAGANDO para enfrentar as ditas cujas quilométricas.

Barco Viking, Rio Bravo, Carroça, Bom Bini e o escambau. Quatro brinquedos nada radicais consumiram praticamente nosso dia inteiro. E quando resolvemos comer, enfrentamos uma fila de 1 hora e meia ao som de cantigas infantis.

Não teria reclamado ter gastado 60 reais se o pão com carne tivesse ao menos maionese. Mas não... eu fui trocar o frango com quiabo do meu pai pela batata frita mole e gordurenta da lanchonetezinha que não aceitou meu cartão de débito do banco real.

Resultado final do dia: NO Skycoaster, Torre Eiffel e Montezum; YES cansaço e dor no pé. Tive que acordar Segunda-Feira as 5:30 da manhã para ir trabalhar.

Valeu pelo sorvete Passatempo da Nestlé que eu descobri que é muito bom. E pela companhia, claro.

No mais, acho que estou ficando velha mesmo.

Neste domingo, vou ‘querer que chova 3 meses sem parar’.

Adoro meu cobertor, minha cama e um bom chá verde para relaxar.

Quanto ao Hopi Hari - Tchauí Tchau Tchau!