Estudar o ser humano com seus jeitos, pensamentos, caráter diversificados e sentimentos é uma tarefa árdua e misteriosa. Edgar Morin em sua obra, tenta identificar e formar, de certa forma a identidade humana.
Ao ler o Livro método 5, pude em partes entender conceitos norteadores, que nos levam a questionar as atitudes e posturas humanas.
Acredito que a idéia principal desta obra é que todo o ser humano é cercado de uma avalanche de vivências e circunstâncias, e estas são responsáveis por formar a sua personalidade.
Ortega y Gasset, em um de seus livros, cita uma passagem que exemplifica em suma o que acredito ser a idéia principal desta obra:
“Eu sou eu porque sou, antes de tudo, essência. E uno, único, indivisível.
Posso ser copiado, imitado, mas não duplicado em mente e alma. Sou o resultado de meus pais, meus avós, meus ancestrais, todos vivendo dentro de mim e ao mesmo tempo agora. Sou também fruto das circunstâncias, do imponderável, do ambiente. Das pessoas que me cercam, das com quem me relaciono, das que me dão ouvidos e das que me dão palavras. Daquelas que ao me encontrarem levam um pouco de mim e deixam um pouco de si.
Que me depuram, que me lapidam, que me transformam.
Mas é certo que são minhas circunstâncias posto que posso elegê-las.”
Todas as circunstâncias, porém devem manter-se em equilíbrio, para que, de certa forma, possamos usufruir positivamente de todas elas.
Além destes elementos, Edgar Morin, a todo o momento, destaca o pensamento como qualidade primordial do ser humano, e através dele, surgem elementos como a criatividade e a imaginação – tão importante para entendermos e fortalecermos os sentimentos presentes em todo momento.
Utilizei nesta imagem acima o conceito do Yin-Yang, que carrega uma simbologia que se explica por si só. Desta forma, destacamos com este símbolo a importância da dualidade, e como os opostos estão presentes de forma intensiva na vida do homem. Também enfatizei o fato de que o somente o equilibro entre o ‘bem e o mal’ se torna interessante, como cita Morin nesta passagem: “Homo demasiado sapiens torna-se, ipso facto, homo demens”.
Conforme li o texto, diversas imagens formaram-se em minha mente - tanto as bem resolvidas quanto as abstratas. Diante disso, pensei diversas vezes em como poderia escolher uma imagem que representasse algo que não vemos, apenas sentimos?
Como representar inteligência, medo, paixão? Cheguei à conclusão que talvez as cores fossem a melhor alternativa para descrever a criatividade, a liberdade, o lúdico.
Em contra partida, os feixes de luz azulada que saem da cabeça do homem, representariam todas as coisas que podemos sentir, mas não definir com propriedade, ou até simples pensamentos que norteiam a cabeça do homo denominado sapiens.
Representamos o homem, para só assim conhecê-lo. Eis os símbolos de nossas concepções.