janeiro 05, 2020

O que sobrou de mim dez anos depois

Uau! Como é bom saber que não deletei o blog com o melhor nome do mundo nesses anos que passaram. É tão reconfortante saber que posso continuar de onde parei.

Nunca fui a melhor das escritoras. Longe de mim achar que as coisas que eu escrevia eram geniais. Mas, escrever sempre foi uma forma de me conectar com a "Melissa-Matriz". O irônico é me dar conta que nesses últimos dez anos não escrevi nada, pois não achei que minhas revoluções internas deveriam ser ouvidas (nem por mim mesma). Havia tanto para conquistar e as revoluções externas eram mais relevantes. O que o mundo achava e esperava de mim tinha mais importância do que a minha essência.

Então, a "Melissa-Matriz" foi soterrada por bagagens, experiências e uma série de tantas outras Melissas que não me permitiam olhar para dentro. Não vou dizer que foi ruim. Esta década me transformou numa mulher extremamente forte e capaz de conquistar o mundo. Mas também não posso dizer que foi essencialmente positivo. Se desconectar da sua essência tem dessas, um dia você acorda com 30 anos e totalmente perdida. Parece que nada faz sentido e você tem certeza que o fio condutor que te ligava a sua alma foi rompido.

Mas a minha natureza é revolucionária. A minha medula é tão forte quanto a mulher que eu sou.
Nesta busca pelo resgate da melhor versão de mim mesma, volto às palavras e nelas encontro o pouco que sobrou.

Viver é bom demais.