junho 21, 2008

Olá.
Faz muito tempo que não páro para respirar, e observá-la nem que seja por um único instante.
Sei que tudo passa depressa, como uma brisa que leva um grão de areia para o nada - sempre - estou irremediávelmente introspecta no âmago do meu ser, mas cada segundo parece-me eternidade neste ínfimo momento a que vos dedico estas escrituras.
Vida, há quanto tempo estou parada esperando um êxtase? Anos? Talvez séculos?
Eis que nunca chegaria este instante, mas eu o fiz, em um passe de mágica, com um simples: não desejo mais.
Foi praticamente um suicídio, sim. Confesso que minhas pernas ainda sentem-se bambas com a falta do chão que contruíra a muito.
Mais do que previsões de uma personalidade astral, a confiança de um chão, sempre me foi muito agradável.
Resta-me agora, vida, gozar da liberdade que meus pés ainda não conhecem, e vê-la passar com mais discernimento.
Eis que, andar nas nuvens, pode ser melhor do que sofrer.
Correntes de ferro, no more.

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